Trabalho desenvolvido no interior do Estado de Minas Gerais de janeiro de 2009 a junho de 2010, a partir do encontro entre Alexandre Sequeira, um menino e seu avô – os dois últimos, moradores da localidade de Lapinha da Serra.
As relações que se estabelecem a partir do convívio e encontro entre os olhares e interpretações de mundo de Alexandre, Rafael de 13 anos e Seu Juquinha, de 84, tecem laços que os aproxima enquanto permanentes construtores de sonhos, fantasias e desejos. A fotografia, que por muitas vezes anima esse convívio, é tratada tanto como instrumento de construção de uma etnologia da saudade – por seu inegável valor documental –, quanto por seu potencial emancipador, dada a perda de sentido de realidade que suas possibilidades interpretativas suscitam.
Texto escrito para a exposição Segue-se ver o que quisesse. Belo Horizonte, 2012.